
A minha gata Tucha, que já tem 12 anos e um currículo invejável de filhotes, pariu uns dias antes da minha novata Joana. Mas passados alguns dias, aconteceu algo caricato... nunca tinha visto tal coisa. Elas sempre se deram bem, até se lambiam uma à outra (a Tucha, de vez em quando, fazia-lhe má cara, mas nunca durou muito...).
A Joana parecia que não sabia tratar muito bem do filhote, via-se que era a primeira vez e ela andava um bocado atrapalhada. Nem pegava no filhote (como qualquer gata faz) quando o punhamos no chão e ele miava. Mas houve um dia que a minha mãe me disse que ela tinha pegado no gatinho dela, descido as escadas do meu sótão (onde estava com o filhote) e caminhado até ao rés-do-chão, onde estava o caixote com a Tucha e o filhote dela.
Quando fui ver... ela tinha "invadido" o espaço da Tucha e instalado-se com eles no mesmo caixote. :)
Conclusão: Os dois gatinhos, de mães diferentes, tiveram duas mães dedicadas, que nunca diferenciaram os filhos. Cada uma cuidou dos dois por igual. Gostei mesmo de assistir a esta cena... foi memorável. Falo disto no passado pois hoje o menino da Joana foi para a nova casa, vai chamar-se Kiko.
Toda esta situação lembra-me uma vez mais a humanidade dos animais. Estas duas gatas juntaram esforços para criarem os filhotes. E foram muito bem sucedidas! Talvez até elas saibam que "a união faz a força"... coisa que muitos humanos muitas vezes nem se lembram.
Os animais são mais humanos do que nós. Acredito piamente nisso. Eles têm a alma pura, não fazem maldades para proveito próprio, pelo simples prazer de fazer mal ao próximo. Eles vivem o dia-a-dia, são autênticos e genuínos. Têm a alma que nós não temos... que nunca conseguiremos ter...
Kita