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Já passaram quase três meses e a tua presença ainda está bem dentro de mim...
Continuo a pensar em ti e a sentir o teu olhar em cada vez que as memórias me levam até ti. Obrigo-me a desviar o meu próprio pensamento para não ter de limpar gotas de água sentidas na minha face... mas serás sempre tu e estarás sempre presente.
Desde que foste embora, amigo, dei por mim a canalizar ainda mais o meu amor para o teu amigo de casa e de brincadeiras. Parece que passei a gostar mais dele. Talvez o amor que tinha por ti esteja agora todo canalizado para ele e daí parecer ser maior.
Ou talvez pense que devo aproveitar todos os segundos que posso da tua vida o melhor possível, já que ela é tão frágil e ténue. Já fui com ele também ao veterinário, andava com receio, medo até, que ele tivesse apanhado a mesma doença que tu, já que o cheio da boca dele era exactamente igual ao teu... e foi-me dito que não era normal.
O teu amigo também emagreceu, tal como tu, para piorar as coisas. E não tinha tanto apetite, sabes como ele era voraz, devorava tudo o que lhe dessemos. Agora, à distância do momento e do sentimento da altura, penso mesmo que terá sido a tua falta a razão da perda de apetite. Ou então já não sentia necessidade de devorar a comida, pois já não tinha ninguém ali para lha tirar... Ele está bem de saúde, graças a Deus.
Sabes, ele sentiu imensamente a tua falta. Agora parece melhor, mais feliz, mas houve noites que ele uivava muito. Sentia-se sozinho. E ainda dizem que vocês, os 4 patas, não têm sentimentos. Quem diz isso nunca teve um cão. Ou pelo menos um Scooby ou um Buppy.
Sempre que posso, ou seja, que estou em casa, solto-o para ele poder correr, passear e dar-me os beijos histéricos que ele sempre dá e que adora. Nunca vi um cão tão beijoqueiro, tão meigo. É muito obediente e se eu quiser passa o tempo todo ali ao pé de mim, apesar de não o segurar.
O teu dono também sofreu muito com a tua partida. Vi nos olhos dele e sei que na altura chorou. Inevitável. Nunca vi ninguém gostar tanto de um animal como ele gostava de ti. Na altura não percebi bem o porquê da escolha da tua última morada, mas quando ele me contou fez todo o sentido...
Não sei se há um céu algures para cães, mas se houver sei que estarás lá. Nós continuamos por aqui, cuidamos do Scooby e eu tento dar-lhe o carinho que ele precisa para não se sentir tão sozinho... já pensei que seria melhor arranjar-lhe outro amigo, mas já conheces o meu pai. Não me parece que ele aceitasse. Não era para te substituir (serás sempre insubstituível...), só para o Scooby não se sentir tão sozinho. Acho que agora já se começa a habituar, pelo menos já não o tenho ouvido tanto a uivar... e continua histérico de cada vez que eu o vou buscar para ele ir dar um volta. :)
Saudades, amigo...
Kita, 23 de Fevereiro de 2007.